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Celeste Dança Sobre Covas Rasas

Celeste nos convida para conhecer e aceitar quem somos. Apesar das dores e das histórias que nos acompanham, a dança ainda pode ser doce.



E o prêmio de livro do ano vai para... Thais Cima!


Leitura concluída!

Nota: 5/5 ☆


Para mim, o ano de 2020 não será marcado por quantidade de livros lidos, mas sim por qualidade. Celeste Dança Sobre Covas Rasas é uma história que aborda traumas e baixa autoestima de uma forma muito única, envolta em mistérios.


Sinopse


“Em meio aos prados vastos e verdes, além das colinas e dos bosques intocados, existe um imponente e antigo casarão. A lenda local é clara: a construção foi erguida sobre solo amaldiçoado e é assombrada pelas almas perdidas que ali padeceram. E Celeste, uma moça solitária, de semblante triste, vive isolada e reclusa na misteriosa residência. Certa noite, porém, a jovem conhece um rapaz enigmático, o qual consegue fazer com que seus dias se tornem um pouco menos dolorosos. No entanto, o que a garota não pode imaginar é que somente enfrentando o desconhecido e o inimaginável será capaz de reconhecer o próprio valor. Em sua trajetória para encontrar o amor de fora, precisará primeiro encontrar o amor que vem de dentro.”

Descrição geral


Editora: Delirium – Selo Inspirium Autora: Thais Cima Edição: 1 Ano: 2020 Páginas: 208p.



“Somos como o sol e a lua. Eu a busco incansavelmente, mas nunca a alcanço.”

A história


Ao acompanhar o passar dos dias ao lado de Celeste, entramos completamente na atmosfera contada no livro. As descrições da autora são deliciosas, descritivas na medida certa e carregadas de sinestesia e sentimento. Toda a escrita é muito poética, a impressão que fica a cada virar de página é a de que cada palavra foi escolhida com o maior cuidado possível, compondo uma linda canção que nos embala durante a leitura.


A narrativa é um tanto melancólica, assim como nossa protagonista, tornando esse livro a companhia ideal para um dia frio ou chuvoso. É como se pudéssemos sentir o cheiro da terra molhada ao redor do casarão, então o gotejar em nossos telhados acaba nos inserindo ainda mais dentro da história.


Celeste mora no casarão apenas com pessoas que trabalham para ela, o que a torna fria e áspera com o decorrer dos anos. Por se tratar de uma jovem estranha, alguns empregados acreditam que ela seja uma bruxa ou que tenha algum problema sério, ainda mais por seus passeios noturnos frequentes. E é num desses passeios, que a garota conhece Vicente. A partir daí, sua história toma um rumo inesperado, nos fazendo conhecer lados terríveis de alguns personagens e lados maravilhosos também.


“— Nem me diga! Aquela menina, por exemplo, provavelmente já veio ao mundo com algum problema na cabeça – continuou tagarelando. – Ou então foi contaminada com o ar pestilento destes campos assombrados.
— Aqueles que aprendem a respeitar esta terra não tem motivos para sofrer – ele respondeu, ainda sem tirar os olhos de seu próprio trabalho. – Mas, de fato, existem pessoas que nascem com um destino miserável, e não podem fazer nada para mudá-lo. A vida é dolorosa, coberta por espinhos, deixa marcas na pele e em lugares mais profundos, incorpóreos. Cabe a cada um de nós saber o que fazer com o que se recebe dela.”

Eu poderia fazer um post apenas destacando os trechos incríveis contidos nesse livro, e aviso, seria um post enorme.

Para deixar tudo ainda mais bonito, cada começo de capítulo contém uma ilustração antiga, e também temos poemas escritos pela própria autora.



Acompanhe o trabalho dessa escritora incrível e conheça seus novos projetos pelo instagram.


Encerro esse post que futuramente estará inserido numa categoria do tipo “livros que dão quentinho no coração” ou “livros perfeitos para ler no inverno/dias chuvosos” e convido você que chegou até aqui, a comprar seu exemplar clicando nesse link. A Editora Delirium tem livros incríveis e faz um trabalho de alta qualidade, acompanho eles no instagram e sou apaixonada por tudo o que fazem. Vocês podem segui-los clicando aqui :3


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Obrigada pela leitura!

Mel Almeida, a moça dos gatos, livros e chá.

Não perca a hora do chá!

Seja bem-vinde, pegue sua xícara!

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